terça-feira, 22 de abril de 2014

De onde isso vem

        Colecionar receitas era um hábito da minha avó, da minha mãe, e comigo nunca foi diferente. Minha avó batia suas receitas à máquina e as juntava em fichários, minha mãe tinha cadernos escritos à mão e, mais tarde, começou a arquivar suas receitas no computador.
        Eu, por herança de ambas, sou a guardadora desses tesouros e de tantos outros cadernos, livros e revistas das fontes mais variadas que me chegaram às mãos nos muitos anos que se passaram desde a primeira receita guardada.
        Minha avó deixou em um dos cadernos uma dedicatória: "Para Aninha (era assim que ela me chamava), quando eu me for. Saudades da vovó", e isso me fez dar um valor ainda maior a essas folhas de papel passadas adiante.
        Coleciono de tudo, além dos cadernos de receitas da família: revistas pequenininhas e baratinhas do jornaleiro da esquina, livros de chefs internacionais, revistas de receitas trazidas do exterior, receitas do Mais Você, Tudo Gostoso, Cybercook, Mauro Rebelo, entre outros. Tenho caderno todo escrito à mão por mim, fichário só com recortes de jornais, fichário só com páginas avulsas de revistas, fichário com receitas impressas e um baú com livretos do tempo em que era preciso escrever cartas para a Royal, Nestlé, Sadia e outros e esperar para receber as receitas em casa.
        Enfim, tudo do gênero que me chega às mãos me desperta algum tipo de interesse, pois uma receita é um universo específico de sabores (e, muitas vezes, de lembranças) bom de se compartilhar na mesa, num caderno de receitas ou na internet.

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